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O que é a menopausa, sintomas, causas, diagnóstico e tratamento


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A menopausa diz respeito ao último ciclo menstrual da vida da mulher, ou seja, sua última menstruação. Ela acontece, em geral, entre os 45 e 55 anos. Esse termo é, muitas vezes, confundido com a fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo, cujo nome correto é climatério. 

A interrupção das menstruações é a principal característica da menopausa. Devido às dificuldades enfrentadas durante esse período, muitas pessoas encaram a menopausa como um problema de saúde, mas trata-se, na verdade, de um processo natural na vida da mulher. 

Com acompanhamento médico e algumas mudanças de hábitos, é possível amenizar seus sintomas e vivenciar esse processo de maneira mais tranquila.

Confira a seguir mais detalhes sobre a menopausa, seus principais sintomas e causas, e como é feito o diagnóstico e tratamento. Boa leitura! 

O que é a menopausa? 

Para muitas mulheres, a chegada da menopausa representa um período difícil, caracterizado por irregularidades menstruais e oscilações hormonais.

 

Entenda a menopausa

Entenda a menopausa

É uma fase que, inevitavelmente, faz parte da vida das mulheres a partir dos 45 e geralmente até os 55 anos de idade. Quando ocorre por volta dos 40 anos, é chamada de menopausa prematura ou precoce.

Para entender melhor esse assunto, vamos começar ressaltando a diferença em relação ao climatério. 

A menopausa corresponde à última menstruação da vida da mulher, e se instala após o fim definitivo dos seus períodos menstruais. Antes mesmo que isso ocorra, a mulher já passa a vivenciar o climatério, que é a transição fisiológica que separa a fase reprodutiva da não reprodutiva. 

O climatério começa por volta dos 40 anos e pode levar anos. É ele que indica a chegada da menopausa, antes mesmo dos ciclos menstruais cessarem, por meio de transformações físicas e emocionais, e se estende até a pós-menopausa. 

Essas mudanças são consequências do desequilíbrio na produção dos hormônios femininos pelos ovários. Segundo Drauzio Varella, pelo menos 18 milhões de brasileiras estão atualmente no climatério. 

A menopausa é uma fase normal da vida da mulher, que traz mudanças significativas em seu corpo e vida. Isso acontece devido à queda gradual dos níveis de estrogênio e progesterona, hormônios que regulam o ciclo menstrual.

 

Conheça um pouco mais sobre essa condição

Conheça um pouco mais sobre essa condição

Entender essas mudanças e como lidar com elas pode ajudar a tornar essa fase mais suportável e saudável, e evitar que um período natural da vida da mulher seja encarado como uma doença.

Confira a seguir quais são os principais sintomas da menopausa e como identificá-los.  

Quais os sintomas da menopausa? 

Algumas mulheres não percebem nenhum sintoma durante a menopausa e o climatério, o que é a realidade de uma minoria.

A maioria delas começa a perceber os sintomas logo no início do climatério, e eles tendem a se intensificar com a diminuição progressiva dos hormônios femininos.  

Esses sinais são semelhantes aos de uma TPM (Tensão Pré-Menstrual), só que mais acentuados e prolongados. Veremos os principais a seguir. 

Menstruação irregular

O principal sinal que entrega a proximidade da menopausa é a irregularidade na menstruação. Isso pode envolver menstruações mais escassas, hemorragias, menstruações mais ou menos frequentes, e outros tipos de variações.

A baixa hormonal impede que o útero se prepare regularmente para uma possível gravidez, interferindo diretamente na menstruação. 

 

Os ciclos já não são os mesmos

Os ciclos já não são os mesmos

Apesar da irregularidade na menstruação ser o sintoma mais comum, nem todas as mulheres passam por isso. Algumas podem apresentar um ciclo totalmente regular até a chegada da menopausa.

Ondas de calor 

Também chamadas de fogachos, as ondas de calor características da menopausa são episódios súbitos de sensação de calor, que acomete principalmente a face, o pescoço e a parte superior do tronco.

Quanto mais intensos esses episódios, mais atrapalham as atividades diárias, podendo até mesmo comprometer as noites de sono. 

As ondas de calor podem também estar acompanhadas de rubor facial, sudorese, palpitações, vertigens e cansaço muscular.

A sensação dura, geralmente, entre meio a cinco minutos, e pode ocorrer com frequência durante mais de um ano. Em alguns casos, podem se fazer presentes por mais de cinco anos. 

Esse é um dos sintomas mais vivenciados pelas mulheres na menopausa. 

Alterações do sono

Além das ondas de calor (que podem surgir principalmente durante a noite), a qualidade do sono também pode ser afetada por outras razões.

 

Ondas de calor e alteração do sono são muito comuns

Ondas de calor e alteração do sono são muito comuns

Os níveis de estrogênio estão relacionados à regulação do sono da mulher. Como durante essa fase sofrem alterações drásticas, podem interferir diretamente nas noites de sono. O desequilíbrio hormonal e a queda na produção de estrogênios aumentam a tendência à insônia. 

É importante atentar para a frequência que esses episódios de insônia acontecem, para evitar que ela se torne crônica. 

Oscilações de humor

Assim como acontece na TPM, as oscilações de humor também se fazem muito presentes durante o climatério e a menopausa.

O estrogênio e a progesterona ficam em baixa durante essa fase, gerando nervosismo, irritabilidade, melancolia, ansiedade, crises de choro e até problemas relacionados à ansiedade e à depressão. 

Mudanças urogenitais

Diversas alterações podem acontecer no corpo da mulher durante o climatério, inclusive relacionadas ao sistema urogenital. Ela pode ter dificuldade para esvaziar a bexiga, incontinência urinária e maior propensão a infecções na bexiga e na uretra. 

Além disso, também pode ser observada alguma oscilação em relação à libido, que geralmente diminui durante essa fase. Há também maior ressecamento vaginal e dores podem ser sentidas durante as relações sexuais.

Outras alterações corporais 

O climatério e a menopausa também podem resultar em outras mudanças no corpo. A pele pode perder o vigor, os cabelos e unhas se tornam mais finos e quebradiços, e a gordura passa a se acumular mais facilmente na região abdominal. 

 

Principais sintomas

Principais sintomas

Há também perda de massa óssea, o que é uma característica da osteoporose e da osteopenia.

Além disso, mulheres que estão passando por essa fase também podem ter risco aumentado de doenças cardiovasculares, sendo a doença coronariana a principal causa de morte observada em mulheres depois da menopausa. 

Esses são os principais e primeiros sintomas vivenciados por mulheres enfrentando o climatério e a menopausa. Mas o que causa tudo isso? Continue a leitura para saber mais.

O que causa a menopausa? 

Você sabia que todos os óvulos produzidos ao longo da vida de uma mulher têm sua origem em células já presentes no momento em que ela nasce?

É isso mesmo que você leu: é como se toda mulher já nascesse com uma “reserva” de óvulos para toda a sua vida reprodutiva. 

Essa reserva é utilizada desde a menarca (a primeira menstruação) até a menopausa (o último ciclo menstrual). Essas células germinativas (ou folículos, como também são chamadas) não são repostas.

 

A menopausa indica o último ciclo menstrual da mulher

A menopausa indica o último ciclo menstrual da mulher

Sendo assim, quando as últimas morrem ou são eliminadas, os ovários param de funcionar como antes e a concentração dos hormônios produzidos por eles caem de maneira irreversível. 

A menopausa é, basicamente, uma consequência da diminuição gradual dos níveis de estrogênio e progesterona, que são os hormônios femininos que regulam o ciclo menstrual e a ovulação.

Essa diminuição acontece naturalmente com o envelhecimento, mas também pode ser causada por outros fatores.

Fora esse contexto – que é inerente à vida de todas as mulheres a partir de determinada idade – a menopausa também pode acontecer em decorrência de cirurgias ginecológicas nas quais é feita a retirada dos ovários, ou de outros tipos de intervenção terapêutica, como quimioterapia e radioterapia.

Seja qual for o caso, o fato é que a menopausa acontece quando a mulher deixa de ovular.

Sem a ovulação, os níveis de estrogênio e progesterona diminuem gradualmente, o que pode levar a mudanças no corpo e aos sintomas associados à menopausa que já mencionamos no tópico anterior. 

Esses sintomas são o principal caminho para uma mulher identificar quando está na menopausa. Mas você sabe como é o processo de diagnóstico desse período? Continue a leitura para descobrir.

Como saber se estou na menopausa? 

O diagnóstico da menopausa é realizado de maneira clínica, ou seja, com base nos sintomas apresentados e nas informações fornecidas pela própria paciente.

 

Como identificar

Como identificar

Para que a menopausa seja constatada, é preciso haver ausência de menstruação por pelo menos 12 meses. À essa interrupção dá-se o nome de amenorreia.  

Geralmente, não é necessário fazer outros exames caso o estado de saúde da paciente seja considerado adequado.

Ainda assim, é possível observar baixos níveis de estradiol e altos níveis dos hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) em exames realizados laboratorialmente.

Além dos exames de sangue, a ultrassonografia pélvica pode ser feita para verificar o estado dos ovários e verificar se há ovulação.

O médico geralmente pergunta também sobre o histórico médico da mulher, para recolher informações como a idade de início da menstruação, o tempo de duração dos ciclos menstruais e se passou por algum tipo de cirurgia ou tratamento relacionado aos ovários.

Ainda que, em geral, os sintomas da menopausa possam ser considerados fáceis de serem identificados, é importante consultar um médico para um diagnóstico preciso e para obter orientação sobre o tratamento adequado.

Confira a seguir mais informações sobre esse assunto.

Como é o tratamento para menopausa? 

A necessidade de recorrer ao tratamento para menopausa vai depender da intensidade dos sintomas vivenciados por cada mulher, e o quanto eles interferem na sua qualidade de vida e na execução de atividades diárias.

 

Veja como é o tratamento

Veja como é o tratamento

A principal opção é a terapia de reposição hormonal, cuja indicação deve ser feita por um médico, que irá avaliar a paciente, levando em conta o momento de vida no qual se encontra e quais são as principais alterações vividas por ela. 

Muitos profissionais apontam para a necessidade de reposição hormonal apenas quando a queda na produção de estrogênio possa causar alguma doença mais grave. 

Muitas vezes, no entanto, pode ser indicada para aliviar os sintomas físicos (como as ondas de calor), psíquicos (irritabilidade, melancolia) e aqueles relacionados com o sistema urogenital (secura vaginal, incontinência urinária) enfrentados durante o climatério. 

A reposição hormonal também tem função preventiva contra a osteoporose, e, em geral, garante uma melhor qualidade de vida para a mulher. Atualmente, recomenda-se que esse procedimento seja realizado por um curto período de tempo, de, no máximo, cinco anos.

Entretanto, há contraindicações em relação à terapia de reposição hormonal que devem ser observadas e avaliadas com cautela pelo médico e pela mulher.

A automedicação nunca deve ser considerada uma opção viável nesses casos, pois pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, trombose, câncer de mama e de endométrio, distúrbios hepáticos e sangramento vaginal.

Além disso, algumas mulheres podem enfrentar maiores riscos quando submetidas a terapia de reposição de hormônios.

É o caso de mulheres com pressão alta, diabetes, obesidade ou predisposição para câncer de mama. Em geral, a reposição também pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral, trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

Para evitar esses riscos, é possível recorrer a outros tratamentos para amenizar os sintomas, como os fitoterápicos.

 

Principais tratamentos disponíveis

Principais tratamentos disponíveis

A alimentação saudável e a prática frequente de atividades físicas também são fundamentais para ajudar a aliviar os sintomas da menopausa. Prossiga para o próximo tópico para conferir outras recomendações importantes.

Outros alertas e recomendações

Embora a menopausa seja uma fase desafiadora, há diversas formas de aliviar seus sintomas e prevenir problemas de saúde.

Uma dieta saudável e equilibrada e a prática de exercícios físicos regularmente são fundamentais.

Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de ter uma boa gestão do estresse, são medidas importantes para melhorar a qualidade de vida durante a menopausa.

Algumas mulheres podem vivenciar a menopausa precocemente, antes dos 40 anos de idade.

O que explica isso? Inúmeras causas podem favorecer essa condição, mas as mais comuns são herança genética e exposição ambiental a agentes agressores (como radiação e quimioterapia, por exemplo).

 

Outros alertas que rodeiam a menopausa

Outros alertas que rodeiam a menopausa

Também pode acontecer da mulher passar dos 55 anos sem experimentar os sinais do climatério.

Esses casos geralmente acontecem em famílias nas quais há histórico de menopausa tardia, e podem apresentar um maior risco para algumas doenças, como as que acometem as mamas, ovários e útero.

Seja uma menopausa precoce, tardia ou na idade considerada adequada, o ideal é sempre contar com acompanhamento ginecológico para controle dos sintomas e assegurar a qualidade de vida no dia a dia. 

Até mesmo porque, durante e após a menopausa, há maiores riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares (como hipertensão e dislipidemias), diabetes, osteoporose e alguns tipos de câncer, como de ovário, mamas e endométrio. 

O acompanhamento ginecológico regular é de suma importância durante toda a vida da mulher. Para garantir um estilo de vida ainda mais saudável, a mulher também pode contar com a ajuda de outros profissionais da área da saúde, como nutricionista e psicólogo.

Após a instalação definitiva do climatério, a mulher deve ser informada de que não há mais chances de gestação natural, já que não há mais óvulos para viabilizar isso. No entanto, caso seja do seu desejo e esteja em boa saúde para tal, pode receber óvulos doados para gestar. 

Como mencionado anteriormente, alguns sintomas comuns do climatério podem causar desconforto na mulher e interferir na sua vida sexual.

A secura vaginal pode ocasionar dores e sensação de ardor durante a penetração. Para evitar que isso aconteça, é indicado o uso de lubrificantes íntimos à base de água antes da relação sexual.

Lidar com todas essas mudanças não é fácil. Por isso, é de suma importância contar com o apoio dos familiares e demais pessoas próximas.

 

Detalhes que fazem toda a diferença

Detalhes que fazem toda a diferença

É preciso ter compreensão de que o climatério é um período de transição, com profundas oscilações hormonais. Sendo assim, requer cuidados especiais e paciência.

Vale ressaltar a importância de que as meninas e mulheres mantenham-se sempre bem informadas a respeito das mudanças que ocorrem em seu corpo, independente da fase da vida na qual se encontram.

Entender o que está acontecendo consigo mesma leva a uma melhor aceitação dos processos, na adesão de tratamentos propostos e, a longo prazo, na manutenção da qualidade de vida e em uma relação mais saudável com seu corpo. 

E você, já notou alguns dos sintomas mencionados ao longo deste artigo, característicos do climatério e da menopausa? Compartilhe conosco como está sendo vivenciar esse processo e como você está lidando com as mudanças pelas quais seu corpo está passando.

Deixe um comentário abaixo, sua opinião pode ajudar outras mulheres a enfrentarem esse período com mais tranquilidade. 

 

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